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Mostrando postagens de 2012

Chá das três

Enquanto os cavalos passam Por mim nesta tarde fria Me concentro, nada falo, observo Desconfortável por estar onde queria Me aproximar, ser teu, oh dama Sermos algo a mais do que nós, pesam os temores, medos e males, enquanto não se soltam os nós. Te retirar desta torre vazia. Bênçãos ao bispo peço! Ser Rei? Afinal, quem não sonha? com as chances, que eu mesmo meço. Vejo cores sob o preto e o branco.. de um romântico também é um tolo. Para mim, mais que dama, és rainha! mas qual peça sou neste jogo?

Segredo de Golias

Para eles: O gigante! hábil guerreiro em qualquer instante. se apronta, uma batalha se aproxima... peito contraído,   rosto erguido, olhar distante. cicatrizes confirmam quem esteve por cima ...soa o bufar de uma ira, gigante.   Seria ele um palhaço? Exposto   a diversão, entretenimento? se encantam e alegram com sua presença cala-te, omite sobre o sentimento Que tens, oh sátiro, eis a sentença... ...que a vida impôs e assim o fez, hábil guerreiro, palhaço talvez. Que grita, corre, luta, avança,   voraz, sensível, impávido, criança... ...que se cala, por não ter com quem dizer. Mas afinal, quem nota? diga você,   se importa. Sente... Não foi espada, nem navalha, molhou o chão, mas não é chuva, E sim a lágrima antes da última batalha.

Roberta Fernandes - Engasgado

vou sair desse rio e me secar. me molhar talvez só de garoa mergulhar numa lagoa onde não circulem pedalinhos. perder os vínculos, mais uma vez me perder encontrada. me apostar acertando. buscar linhas mais retas do que essas traçadas nas ondas do oceano e que quebram na orla molhando os pés de quem granula o passo e observa como eu. mas não existe mais qualquer chance. chame o advogado e peça que venha com os papeis prontos minha mão direita já segura a bic preta. assino embaixo. esse é o meu último mergulho nesse rio que não me tem mais carinho algum. Créditos:  

Prema - Silêncio

Silêncio O silêncio fala tanto que às vezes preocupa Seria o repouso necessário ou a dor oculta? Tanto falamos que parece estranho silêncio Existe silêncio? Ou seria ele uma canção? Um grande OM a ressonar a criação O silenciar dos sentidos para o grande sentido Também pode estar na mente que silencia para ouvir o irmão Apenas uma pausa entre notas que se vão O silenciar da mente para sentir e dos sentidos para ouvir Como o grande rio da lua Serena música dos viajantes A cadenciar o caminhar... A embalar o movimento entre pausas Sim... [...] Admito o silêncio necessidade do inefável Até mesmo para mim Dançarina por alma Mas ainda assim, se me atende o pedido Muito grata lhe fico: ― nunca deixe de expressar seu caminhar Canção preferida e singular   créditos: Prema

Deixe o menino brincar

Deixe o menino brincar, se é assim que se faz feliz uma pedra que surge, machuca não foi ele quem quis? Se é isto, então respeita... Afinal, deixa ele correr atrás lutar, sofrer, sentir prazer, correr, sorrir, transparecer... tropeçar, cair e querer mais. Isto que ele precisa e quer, Caso contrário... ... não saberia eu quem sou. Lê demais para um atleta, sem desistir de fazer seu gol ele quer ver seu time de coração beijar escudo, ser campeão... ... faz tanto tempo, e ele se queixa se é assim que é, então deixa... Quem pode afirmar que não? Quiçá, duvidar de um sim... se é uma caixa de surpresa, quem afirmará o fim?

Criolo – Casa de Mãe

Eu não tenho casa, eu moro em casa de mãe Casa de mãe é bom, mas é casa de mãe Eu não tenho casa, eu moro em casa de mãe E quando querem o meu chamego, não dá por causa de mãe Toda missão no sereno pra juntar alguns trocados Espada de São Jorge protege, arruda é pra mau olhado Eu, um dia, vou ter a minha casa, vai ser a coisa mais linda Com gravuras de Oxóssi, Ogum e Mãe Menininha Eu não tenho casa, eu moro em casa de mãe Casa de mãe é bom, mas é casa de mãe Eu não tenho casa, eu moro em casa de mãe E quando querem o meu chamego, não dá por causa de mãe E quando eu tiver dinheiro, só vou agradar mamãe Minha filha, cê quer sucesso? Sucesso é ter mamãe Eu não tenho casa, eu moro em casa de mãe Casa de mãe é bom, mas é casa de mãe Eu não tenho casa, eu moro em casa de mãe E quando querem o meu chamego, não dá por causa de mãe

Roberta Fernandes - 11/08

para e esvazia o peito deixa a cabeça vazia. tenta pensar no teto. na parede. cor de tinta. não toca qualquer textura que lembre o toque de ontem. deixe que a lembrança flua. em algum momento, não doerá tanto. sossega o teu estômago que tenta digerir suposições. fatos não são definitivos. nunca acreditei em um não. para e esvazia o peito. que teu coração amansa calma. e tenta dormir em sossego seu pé direito está dos dois lados créditos Roberta Fernandes

Renascimento

Se se ouve e sente com o coração... É preciso ainda dizer? Só o realizar pode seguir O que é vida não morre Apenas renasce Como as sementes plantadas ou deixadas No jardim ou na estrada Ou na estação... Ainda que distante se aproxima o cuidado Doces pensamentos Canção trazida nos ventos De uma nova era Não... não se sinta só É apenas um momento Que também vai com o tempo Não... não mate o que vai dentro É que às vezes falta entendimento É apenas parte do renascimento Do doce sentimento Desabrochar de nova vida Que está sempre, sempre protegida créditos: Prema

Amanhã que se fez em três...

Ela aceitou o convite Ele as horas contava, Ela veio de tão longe Ele não acreditava... Ela pouco notava, Sua tatuagem, ele admirava. O assunto perdia a cena pra ansiedade, o clima propício que não vingava. Seria a tarde, que para isto não combina? Marcaram “amanhã a noite” para encontrar o clima... ... E o amanhã se fez em três partes que o mundo insiste em chamar de ano. Neste intervalo, de quantos tantos ela ouviu: eu te amo? E para quantas ele ameaçou dizer? ... quem vai saber? ... quem vai dizer? Ah, neste meio descompassou o peito sem perder a vontade de vê-la Carnavais sem fantasia Sem colombina, sem tê-la. E nestes desencontros Quem será que não fez? São histórias que o povo conta Do amanhã que se fez em três..

A Dança

Foi assim, sabe? Risonha... ...deste modo passou pelo salão, parecia concentrada numa dança imaginária... ...enquanto eu, vislumbrava esta ação! E foi assim, sabe? Sorrateiro... ...Que resolvi seguir passos, me intrometi, ajustei o compasso Afinal, eu vi primeiro... Minha mão achou sua cintura, seu peito se encontrou com o meu, rostos quentes e vozes ao pé do ouvido... ... nesta hora já não era eu! Nossa, e se tudo congelasse agora? Quer melhor motivo pra ser feliz? Por ironia pararam a dança, Pois é, foi deste jeito que o destino quis. Agora, só tenho um nome e um email e a poesia que eu mesmo fiz, a partir desta noite só existiu um nome, e era o dela...: ...Beatriz

Roberta Fernandes - 02h40

é um embrulhinho, você sabe. sobre o que há dentro, sei pouco mas sei que é bom. um dia, talvez, espero você o pega com mãos de carinho e abre. mas tenta, por favor, moço bonito não demorar tanto assim. rapaz do clima-tempo disse "quarta-feira tem tempestade" e a verdade é que eu não quero água alguma tentando lavar você de mim. By VBeta site relacionado: http://poesiafalsidadeideologica.blogspot.com.br/

Prema - Tempo

Chega um momento em que já é tempo E ainda resta a pergunta Tempo de que?... De plantar ou de colher De sorrir e de viver Tempo de aprender a cozinhar Ou de apenas encontrar O tão almejado sonho... Que se desdobra em tantos Tempo de decidir E de seguir De amar o amor e o amado De não pretender Mas apenas ser Certo ou errado?... Apenas essa passagem na ponte sobre a Baía Hoje nebulosa como as brumas de Avalon Mas, daqui a pouco clara Como um dia de sol no outono do Rio Esse o mistério e a magia Que se mistura com o fato do dia-a-dia Assim como escrevo numa terça de neblina Com o espírito tocado pelo amor esperado No coletivo com apenas quatro Autor: Prema sites relacionados: http://momentopoiesis.blogspot.com.br/