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Mostrando postagens de setembro, 2012

Chá das três

Enquanto os cavalos passam Por mim nesta tarde fria Me concentro, nada falo, observo Desconfortável por estar onde queria Me aproximar, ser teu, oh dama Sermos algo a mais do que nós, pesam os temores, medos e males, enquanto não se soltam os nós. Te retirar desta torre vazia. Bênçãos ao bispo peço! Ser Rei? Afinal, quem não sonha? com as chances, que eu mesmo meço. Vejo cores sob o preto e o branco.. de um romântico também é um tolo. Para mim, mais que dama, és rainha! mas qual peça sou neste jogo?

Segredo de Golias

Para eles: O gigante! hábil guerreiro em qualquer instante. se apronta, uma batalha se aproxima... peito contraído,   rosto erguido, olhar distante. cicatrizes confirmam quem esteve por cima ...soa o bufar de uma ira, gigante.   Seria ele um palhaço? Exposto   a diversão, entretenimento? se encantam e alegram com sua presença cala-te, omite sobre o sentimento Que tens, oh sátiro, eis a sentença... ...que a vida impôs e assim o fez, hábil guerreiro, palhaço talvez. Que grita, corre, luta, avança,   voraz, sensível, impávido, criança... ...que se cala, por não ter com quem dizer. Mas afinal, quem nota? diga você,   se importa. Sente... Não foi espada, nem navalha, molhou o chão, mas não é chuva, E sim a lágrima antes da última batalha.

Roberta Fernandes - Engasgado

vou sair desse rio e me secar. me molhar talvez só de garoa mergulhar numa lagoa onde não circulem pedalinhos. perder os vínculos, mais uma vez me perder encontrada. me apostar acertando. buscar linhas mais retas do que essas traçadas nas ondas do oceano e que quebram na orla molhando os pés de quem granula o passo e observa como eu. mas não existe mais qualquer chance. chame o advogado e peça que venha com os papeis prontos minha mão direita já segura a bic preta. assino embaixo. esse é o meu último mergulho nesse rio que não me tem mais carinho algum. Créditos:  

Prema - Silêncio

Silêncio O silêncio fala tanto que às vezes preocupa Seria o repouso necessário ou a dor oculta? Tanto falamos que parece estranho silêncio Existe silêncio? Ou seria ele uma canção? Um grande OM a ressonar a criação O silenciar dos sentidos para o grande sentido Também pode estar na mente que silencia para ouvir o irmão Apenas uma pausa entre notas que se vão O silenciar da mente para sentir e dos sentidos para ouvir Como o grande rio da lua Serena música dos viajantes A cadenciar o caminhar... A embalar o movimento entre pausas Sim... [...] Admito o silêncio necessidade do inefável Até mesmo para mim Dançarina por alma Mas ainda assim, se me atende o pedido Muito grata lhe fico: ― nunca deixe de expressar seu caminhar Canção preferida e singular   créditos: Prema

Deixe o menino brincar

Deixe o menino brincar, se é assim que se faz feliz uma pedra que surge, machuca não foi ele quem quis? Se é isto, então respeita... Afinal, deixa ele correr atrás lutar, sofrer, sentir prazer, correr, sorrir, transparecer... tropeçar, cair e querer mais. Isto que ele precisa e quer, Caso contrário... ... não saberia eu quem sou. Lê demais para um atleta, sem desistir de fazer seu gol ele quer ver seu time de coração beijar escudo, ser campeão... ... faz tanto tempo, e ele se queixa se é assim que é, então deixa... Quem pode afirmar que não? Quiçá, duvidar de um sim... se é uma caixa de surpresa, quem afirmará o fim?